domingo, 11 de janeiro de 2015

A Becky Bloom que existe em mim

Uma das minhas coleções favoritas é, sem dúvidas, a da Becky Bloom. São 6 livros:
  1. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (The Secret Dreamworld of a Shopaholic ou Confessions of a Shopaholic) (2000)
  2. Becky Bloom - Delírios de Consumo na 5ª Avenida (Shopaholic Abroad ou Shopaholic Takes Manhattan) (2001)
  3. As Listas de Casamento de Becky Bloom (Shopaholic Ties The Knot) (2001)
  4. A Irmã de Becky Bloom (Shopaholic & Sister) (2004)
  5. O Chá-de-Bebê de Becky Bloom (Shopaholic & Baby) (2007)
  6. Mini Becky Bloom: Tal Mãe, Tal Filha (Mini Shopaholic) (2011) 



Nesse fim de semana parei pra pensar em quanto em me identifico com a Becky (em alguns pontos) e as mudanças que tem sido implementadas na minha vida para mudar um pouco isso. E assim, surgiu a inspiração para esse texto.

Vamos lá! =)

Resumindo um pouco a história...

Para quem nunca leu os livros nem viu o filme, segue um resumo da história:

Rebecca Bloomwood (conhecida pelos amigos como Becky Bloom) é uma garota formada em jornalismo com uma compulsão por compras. Considerando que ela não ganha lá essas coisas e é apaixonada por estilistas famosos pode-se imaginar a quantidade de confusões que ela se mete para satisfazer essa compulsão. Além disso a  Becky chega a ser ingênua, já que ela imagina que se apenas esquecer que as contas de cartão de crédito existem, elas vão se pagar sozinhas.  Os livros abordam várias etapas da sua vida, o casamento, a primeira filha mas em todos eles o ponto central são realmente as confusões por causa desse "probleminha" que ela tem de não saber quando parar com as compras. Além disso ela também é procrastinadora, por exemplo quando tem que escrever um livro sobre finanças e começa a se sentir incomodada com a cadeira do seu escritório, ela resolve procurar na internet uma cadeira ergonômica e acaba comprando a cadeira, um Dictaphone, uma garra de aço para prender anotações, um jogo de pastas laminadas e um minipicotador de papel. Isso tudo porque ela não podia gastar! Depois de escrever menos de uma linha para seu livro e de todas essas compras ela simplesmente resolve que é hora de descansar e assistir EastEnders. Outra característica dela é ficar fantasiando situações completamente absurdas, como por exemplo que ela vai ganhar o próprio programa, morar em Beverly Hills e ir em festas com astros de cinema, e quando for bem rica vai poder pagar todas as dívidas. Essa é a Becky Bloom.


A Becky que existe em mim...

Como falei no início, separei algumas características da Becky que vejo em mim, são elas:

Imaginação/Fantasia de situações ridículas...


Primeiro preciso confessar 3 amores platônicos para que vocês entendam a situação:


Keegan Allen e seus lindos olhos azuis (Toby Cavanaugh de Pretty Little Liers)


Kit Harington (o Jon Snow de Game of Thrones) <3

Jonny Lee Miller (o Sherlock de Elemtary)

Os 3 são atores de séries que eu amo de paixão e são lindos lindos, então não preciso ficar justificando a paixão platoniana

O que isso tem com a Becky?????

Como eu disse no resumo, ela tem mania de ficar pensando em situações bem surreais... e eu também. (as outras pessoas fazem isso também né? não? não me importo ser maluca então).

A questão é que eu já pensei/escrevi diversos episódios de séries contendo esses 3 carinhas. Não sou maluca o suficiente pra me incluir neles, mas eu gosto de ficar pensando em roteiros e cenas e nas histórias de amor deles. É quase um hobby e me ajuda a aliviar o stress.

Apesar dessa mania, eu não uso minha imaginação para fugir dos problemas reais como ela.


Procrastinação...

Faço o mesmo que a Becky quando tenho que escrever: algumas palavras e já é hora de descansar e ver alguma coisa pra relaxar.

Meu caso é pior por causa de um cara chamado NETFLIX (ao mesmo tempo minha bênção e minha maldição).

"É só mais um episódio..." 
"Nossa, já se passaram 8 horas???""



Para resolver isso, todo início de semana faço um lista dos textos que preciso escrever naquela semana e só posso assistir qualquer coisas depois de ter acabado com pelo menos metade.

Até agora tem funcionado (vide esse texto que você está lendo)

Consumismo...


Nessa aqui, somos IDÊNTICAS (ou quase).




Quem nunca abriu o guarda-roupa e se espantou com a quantidade de entulhos que tinha lá que atire a primeira pedra.

Assim como a Becky e grande de parte de vocês (não precisa fingir gente), eu amo comprar!

Roupas, sapatos, bolsas, livros, agendas, canetas, maquiagem, miniaturas, não importa. O ato de adquirir bens materiais traz uma sensação muito boa...

... até que você faz o Imposto de Renda, vê o quanto ganhou num ano e não consegue lembrar pra onde foi todo dinheiro.... =(

Com a Becky ainda é um pouco pior, já que ela estoura os limites de todos os cartões, usa o cheque especial até não poder mais e fica sonhando que tudo vai ser pago num passe de mágica, fato que a impulsiona a gastar cada vez mais.

Vocês deviam vê-la na 5th Avenue, foi uma overdose de compras! 

Mas não são só flores, todo esse gasto traz muitos problemas pra ela, até porque a Becky é uma especialista em finanças e ajuda as pessoas a controlarem seu dinheiro, enquanto ela mesma está abaixo da linha do vermelho de crédito. Isso acaba afetando até mesmo os negócios do seu namorado, o Luke Brandon que tem uma empresa de RP e clientes como o Bank of London. 

Voltando a Samy Bloom...

Se a Becky fica no vermelho, eu pelo menos consigo me manter no positivo, mas confesso que podia economizar bem mais...

Eu amo roupas e sapatos, mas essa não é minha maior fonte de gastos...

SÃO OS LIVROS!

Samanta sobre livros novos.

Eu amo ler <3

E também amo comprar livros novos, com isso (infelizmente) o amor por livros potencializa meu espírito consumista e eu acabo caindo na cilada de comprar mais livros que a minha capacidade de lê-los.

E tem a Amazon e aquele negócio de "Compre agora com 1-click". Quando você percebe que comprou a entrega já está batendo na sua porta.

Ler é ótimo, faz um bem danado, mas comprar livros compulsivamente faz mal.

Sapatos também já que só temos 2 pés...

E usamos 1 par de roupas de cada vez, 7 pares por semana, e ainda dá pra lavar né...

E equipamentos eletrônicos demais... (por que eu ainda tenho um iPod em plena era do Streaming???)

Na maior parte das vezes, só pelo prazer de consumir... Sem necessariamente precisar daquilo...

E assim ficamos presos num loop de trabalhar - receber - comprar - trabalhar - receber - comprar infinito.

E quando chega no Imposto de Renda, cai na real de que desperdiçou muito dinheiro!


=(

Uma luz no fim do túnel:


Pra quem quiser saber o fim da Becky, recomendo ler os livros. Mas já aviso que é ficção né, então tudo sempre fica bem... Na vida real é um bocado diferente e pra tudo ficar bem, nós devemos mudar de atitude...

Recentemente li um texto que me deu um choque de realidade e me fez mudar de postura: 5 algemas mentais que aprisionam você à classe média.

"Será que ela está realizando seus sonhos ou apenas satisfazendo alguns desejos pontuais de consumo?"

Essa frase "abriu meus olhos" e ficou martelando na minha cabeça: meus sonhos nada tem em relação a consumir. Vão muito além disso e o que estou fazendo para conquistá-los???

Mas ler textos bonitos apenas não resolvem a situação, nós precisamos agir!

Dias depois, passei por uma situação que foi o meu basta para tudo isso: descobri que a série de TV PLL (é uma mistura de Gossip Girl com Eu sei o que vocês fizeram no verão passado) era inspirada numa série de 12 livros da Sara Shepard e fiquei L O U C A!

Fui na Amazon, olhei os livros e (quase sem querer) comprei. 12 livros de UMA ÚNICA VEZ! Sendo que tenho dezenas de outros livros pra ler. E cá estão mais livros não lidos na minha estante e menos dinheiro na minha conta.




Depois dessa ocasião, tomei jeito e fiz o que devia ser feito: 

  • tirei meu cartão de crédito de todas as lojas online, se eu pensar na remota possibilidade de comprar alguma coisa pela internet, eu vou ter que levantar, pegar o cartão e colocar as informações (isso me dá tempo para pensar se é realmente necessário);
  • toda vez que tenho vontade de comprar alguma coisa me faço a seguinte pergunta: Eu REALMENTE preciso disso ou é só uma desculpa para consumir?
Pela internet acho que não corro mais riscos. Fiquei preocupada com as lojas físicas, mas ontem passei no teste e vi que posso chegar onde quiser:


É libertador saber que posso sim controlar todo esse consumismo aclamado pela sociedade, ter uma vida mais minimalista, feliz e ainda sobra dinheiro pra ter experiências que realmente valem a pena (como viajar! \o/)



Próximos passos:


Eu ainda tenho muita tralha (por exemplo um gravador de DVD externo que nunca foi usado) e sou bem apegada a isso.

Assim como minha coleção de livros:


Dado que eu já os li, podia vender ou trocar. Mas só de pensar nisso sinto uma pontada no coração.

Então meu próximo passo é desapegar dos bens materiais que já me serviram mas hoje estão sem utilização. 

Um passo de cada vez e um dia chego lá! =)


Bônus: o Luke Brandon que existe em mim


Também me identifiquei com uma característica do Luke (namorado da Becky lembra?): a FALTA DE TEMPO!

Ou melhor, alocar mais atividades do que eu sou capaz de realizar dentro das minhas horas disponíveis.

O Luke trabalha demais, sempre em busca de um novo contrato, uma nova parceria e quase não tem tempo para as coisas realmente importantes da vida.

Eu sou um pouco assim, e isso se releva na minha péssima mania de olhar pro relógio a cada 5 minutos quando estou conversando com alguém.

Também refleti sobre isso e estou me esforçando para mudar.

Meus amigos agradecem! =)


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A Lei de Pareto & o Ano Novo

Não sou adepta das resoluções de Ano Novo, mas confesso que é inevitável - nessa época - não pensar na vida, no futuro e nos planos.

Então ao invés de apenas fazer uma lista de promessas/metas pra 2015, eu simplesmente resolvi analisar alguns pontos da minha vida atual e otimizá-los antes de investir em novos objetivos.

Foi aí que me deparei com a Lei de Pareto e o quanto ela faz sentido para qualquer parte da nossa vida!

Relembrando a Lei de Pareto...


Vilfredo Pareto foi um economista e sociólogo que viveu entre 1848 e 1923. Ele abordou a lei da distribuição de renda que passou a ser chamada de "A lei de Pareto" (ou princípio 80/20).

Segundo essa Lei, 80% da riqueza e da renda está nas mãos de 20% da população. Porém, essa Lei pode ser aplicada muito além da economia. De forma geral:

"80% dos resultados são produzidos por 20% dos esforços."

Por exemplo:

  • 80% das consequências decorrem de 20% das causas;
  • 80% dos resultados vêm de 20% dos esforços;
  • 80% dos lucros da empresa vêm de 20% dos produtos e clientes.
As percentagens podem variar entre 85/15 ou 75/25, mas normalmente essa proporção é seguida.

De onde eu tirei isso...

Estou lendo atualmente o livro The 4-Hour Workweek do Timothy Ferriss (e me identificando muito). 



No livro ele fala como saiu de 15 horas diárias de trabalho para 4 horas semanais, aumentado os lucros e vivendo bem melhor.

Em uma parte do livro ele fala que ao estudar sobre a Lei de Pareto, resolveu tentar aplicá-la a sua vida pessoal e profissional, sob a ótica de 2 perguntas:

  • Quais os 20% de causas responsáveis por 80% dos meus problemas e de minha infelicidade?
  • Quais os 20% de causas responsáveis por 80% dos meus resultados positivos e de minha felicidade?
Dentre as conclusões que ele chegou, de mais de 120 clientes, apenas 5 produziam 95% da receita da empresa. 

Ele gastava 98% do tempo atrás dos clientes restantes, enquanto 5 deles compravam regularmente. 

Os problemas e preocupações que ele estava enfrentando vinham dessa maioria que nem ao menos dava um retorno que justificasse o investimento. 

A solução final foi deixar de perseguir 120 clientes, para se concentrar em atender melhor os 8 mais importantes e que traziam mais receita. A renda mensal subiu de 30 mil para 60 mil dólares em um mês e as horas de trabalho semanais despencaram de 80 para 15.


E o que isso tem com o Ano Novo...

Bem, antes de começar a fazer imensas listas de desejos, metas, mudança de hábitos para 2015, vale aplicar Pareto em todas as áreas da sua vida.

Trabalho/Negócios

Pense em 2014 e na quantidades de projetos que você trabalhou mas no fim não trouxeram valor de negócio.

Vá mais além e pense em todos os projetos ativos na sua empresa e avalie quais deles realmente estão alinhados com a estratégia e trazem o retorno esperado.

Se você é gestor, vale a pena refletir sobre isso e fazer uma lista com o 20% dos projetos que garantem 80% dos lucros da empresa e focar neles. Não estou dizendo para simplesmente jogar fora todos os outros, mas deixá-los de lado por enquanto e investir o menor tempo possível (ou nenhum) neles.

Se você é funcionário, apresente esse levantamento para os seus gestores. Não custa tentar. =)

Quem sabe deixando esses projetos menos importantes de lado, vocês não conseguem mais tempo para pensar em novas soluções.



Tempo 

A quantidade de informações que recebemos/produzimos durante o dia é tão grande que parece faltar tempo para encaixar todas as atividades nas 24 horas disponíveis.

Vale a pena identificar quais os 20% das atividades que tem ocupado 80% do seu tempo e se reorganizar com o que realmente importa fazer.

  • Você precisa mesmo ler seu e-mail mais que 2 vezes por dia?
  • Você precisa ler o jornal todo dia de manhã? (Eu tenho usado o aplicativo Flipboard, de manhã recebo minha "Edição do Dia" com um condensado de todas as informações que me interessam)
  • Facebook, Twitter e demais redes sociais precisam ser conferidas várias vezes ao longo do dia?
Monitore onde seu tempo tem sido gasto e você vai se surpreender com o quanto anda procrastinando. E não só monitore, mas mude seus hábitos.



Leituras/Estudo

20% do que você lê contribui para 80% do seu conhecimento. Concentre-se nisso. 

Não tenha medo de abandonar leituras, se você não gostou feche o livro e vá para outro. Seu tempo é precioso!

Leitura dinâmica também ajuda nesse quesito.


Finanças

Aqui você verá que 20% das suas despesas consomem 80% dos seus gastos mensais. Se você precisa economizar faça essa análise e corte os gatos desnecessários.

Eu, por exemplo, tirei meus cartões de crédito de todos os cadastros online. Se eu resolver comprar alguma coisa vou ter que levantar e pegar o cartão. Isso me dá tempo para pensar se eu realmente quero gastar.



E tudo isso para...


Aproveitar melhor sua vida!
Mais do que promessas para o ano que está começando, devemos avaliar o que tem sido feito até agora e onde podemos melhorar.

Eu por exemplo já fiz alguns levantamentos:

  • 20% dos eventos de tecnologia que eu vou são responsáveis por 80% do meu conhecimento (então pra quê ir em todos?)
  • de todas as vezes que verifico o e-mail, apenas em 20% delas (ou menos) realmente tem alguma coisa importante.


Feliz 2015 e ...

Faça os levantamentos e compartilhe depois as surpresas que você teve!

=)