sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Por que as mudanças duram tão pouco?

Seguindo com os posts de reflexões sobre o Ano Novo, hoje eu vou falar sobre as mudanças que almejamos e nem sempre conseguimos colocar em prática.

Acabei de ler "De Volta Ao Mosteiro - O Monge E O Executivo Falam De Liderança E Trabalho Em Equipe", é o segundo livro escrito pelo James C. Hunter, 17 anos depois de "O Monge e o Executivo" e suas lições sobre liderança.

Porém, meu objetivo hoje não é falar de liderança e sim de mudanças de vida de uma forma geral.

O que chamou atenção nesse livro e me inspirou a escrever é que, mesmo depois de todas as lições valiosas do primeiro livro, passaram-se 2 anos e o nosso protagonista John não teve mudanças efetivas na sua vida familiar e nem profissional. Mais incrível que isso, não só John, mas dos 6 participantes do primeiro retiro, apenas um conseguiu mudar efetivamente sua vida.

Me identifiquei bastante com isso. São tantos planos e promessas de mudança e no fim pouca, ou nenhuma, é realmente implementada e transformada em hábito. Note que não é apenas fazer uma vez, mas sim tornar aquilo parte da sua rotina (seja a dieta, fazer academia, ser mais produtivo no trabalho ou ter um relacionamento familiar melhor).


"O fracasso não é a queda, e sim a permanência no chão."
Mary Pickford

Não basta ler e assistir a seminários, o conhecimento tem que passar da cabeça para o coração e do coração para vida cotidiana, ou seja, se tornar um hábito.

E quando isso não acontece, o sentimento de fracasso assola seus dias e suas noites te lembrando do quanto você é incompetente. Só não devemos esquecer que as quedas fazem parte e é nossa escolha tentar novamente até acertar ou simplesmente aceitar a derrota (isso sim é fracasso).

Somos formados de hábitos. Se você tem o hábito de checar o seu facebook várias vezes por hora, e quer diminuir isso pois já está afetando sua produtividade, é difícil mudar. 

Aqui entra a diferença entre estar apenas envolvido na mudança ou ter o compromisso de mudar.

Quando você está realmente comprometido, faz todos os esforços possíveis e impossíveis para alcançar aquela meta. Se não, você acaba realizando uma ou duas atividades isoladas e desiste.

Para mudar, somos estimulados por prazer ou dor. Na maioria das mudanças vamos enfrentar alguma dor, mas é nossa escolha enfrentar a dor da disciplina ou do arrependimento.

Todas as pessoas passam por isso, eu mesma tenho uma lista de metas não cumpridas por única e exclusivamente minha culpa.

Mudar não é uma decisão e sim uma ação.




E aí, vamos pegar a próxima saída pra mudança?


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dica de Leitura: Bórgia, o papa sinistro

Oi pessoal, o post de hoje é uma dica de leitura.

Estou terminando o livro Alexandre VI: Bórgia, o papa sinistro, no início eu não estava colocando muita fé, mas a leitura é muito interessante principalmente pra quem gosta de história.

O papa Alexandre VI, nascido Rodrigo Borja, foi papa da Igreja Católica de 1492 até 1503.

Segundo a história, seu papado foi comprado com muito ouro e terras, nada de eleição divina. Além disso durante os anos em que foi papa houveram envenenamentos, prostituição e nepotismo. 

Os próprios filhos do papa foram gerados por uma cortesã que foi sua amante por muito tempo. Depois se tornar papa ele arranjou outra amante, de berço mais nobre, e a mantinha no Vaticano.

Segue a descrição do seu papado segundo a Wikipédia:

"O papado de Alexandre VI começou tranquilo, mas não tardou para que se manifestasse sua ganância em sacrificar todos os interesses em favor da família. Nomeou Cardeais o seu filho de dezesseis anos, César Bórgia, os seus sobrinhos Francisco Borgia e Juan Lanzol de Bórgia de Romaní, o maior, um primo deste último Juan Castellar y de Borgia (it. Giovanni), os seus sobrinhos-neto Juan de Borja Llançol de Romaní, o menor, Pedro Luis de Borja Llançol de Romaní e Francisco Lloris y de Borja e o cunhado do seu filho César, Amanieu d'Albret. César seria posteriormente retratado por Maquiavel em sua obra O príncipe como o ideal do político e governante pragmático.
O cardeal Della Rovere o acusou de simonia, e trouxe o rei da França Carlos VIII para depô-lo, mas Bórgia fez um acordo, permitindo o trânsito dos exércitos franceses, e foi reconhecido como Papa pelo rei francês. Enquanto isto, ele negociou com o imperador alemão Maximiliano I e os governantes da Espanha e Veneza uma aliança, que derrotaram os franceses.
Um de seus acusadores era o frei dominicano Girolamo Savonarola, que havia conseguido reformar Florença através de muita coragem e uma brilhante oratória. Alexandre se conteve, diante dos ataques de Savonarola, até que, enfraquecido por ter repetidamente quebrado seu voto de obediência ao chefe da Igreja, Savonarola sofreu a sentença de excomunhão. Savonarola, porém, continuou seus ataques, e a ministrar a comunhão, e desafiou caminhar nas chamas para provar que ele tinha a palavra de Deus. Um outro frei dominicano se ofereceu para ir junto, porém quando o circo foi armado, e a multidão estava ansiosa para assistir ou um milagre ou uma tragédia, o frei se recusou a entrar nas chamas, e a influência de Savonarola diminuiu.
Um dos seus maiores desgostos foi quando seu filho, o Duque de Gandia, foi assassinato, com suspeitas recaindo sobre César Bórgia; quando seu corpo, mutilado, foi encontrado no Rio Tibre, o papa, entristecido, clamou que isto era uma punição por seus pecados. Após a morte do filho, Alexandre convocou os cardeais para reformar a Igreja e acabar com o nepotismo. Mas as reformas não foram adiante.
Seu pontificado é um paradigma de corrupção papal ocasionada pela invasão secular dentro da Igreja, mais tarde esse fato foi tido como desculpa para a separação dos protestantes. Alexandre VI protegeu as Ordens Religiosas, aprovando Congregações recém-fundadas e a evangelização do Novo Mundo e da Groelândia.
Durante seu pontificado, foram decretadas as Bulas Alexandrinas, tratados responsáveis pela divisão das possessões portuguesas e espanholas no mundo. Dentre elas são destaque as bulas Inter Coetera, Eximiae Devotionis e Dudum Siquidem. As negociações ibéricas levaram ao Tratado de Tordesilhas que confirmaria a divisão do mundo entre Portugal e Espanha, que foi contestado por outros monarcas, com destaque para Francisco I de Angoulême, rei da França. Tanto a França como a Inglaterra não reconheceram a decisão papal e estabeleceram colônias nas novas terras descobertas."



Além da leitura, indico assistir pelo menos a primeira temporada da série The Borgias (tem no NetFlix). Infelizmente ela foi cancelada na terceira temporada, mas vale a pena assistir antes de ler o livro, são muitos personagens e famílias e isso fica um pouco confuso ao ler.


Depois de assistir a dinâmica da série fica mais fácil terminar a leitura.


Até a próxima!