sábado, 19 de novembro de 2011

Descobrir-se...

Voltei!!!!!!!!!
Depois de muitos meses com uma rotina chata e cansativa, tive minha inspiração de volta...

Pelo título pode até parecer mais uma daquelas crises de consciência, banhadas a medo e dúvidas mas não é...
Os últimos acontecimentos de minha vida foram de extrema importância para que eu pudesse me descobrir...

Na verdade é um pouco clichê essa história de encontrar seu verdadeiro eu, se descobrir, achar as respostas, mas minha intensão não é mergulhar em clichês, mas contar como é se descobrir de uma maneira viva, real, humana...

É muito difícil conseguir ser quem você gostaria de ser, e simples se tornar uma pessoa totalmente o oposto disso. Fazer o quê né? Faz parte das inconstâncias humanas pender para o lado mais fácil que geralmente não é o melhor, mais palpável...

Em todas as áreas da nossa vida, descobrir-se está como uma linda flor presa a uma pedra na beira de um imenso abismo, ou seja, precisa-se correr riscos para alcançá-la... E riscos não parecem ser muito legais a essa altura do campeonato...

O esteriótipo perfeito moldado para nossa geração parece simples: Seguir uma carreira que proporcione estabilidade, formar uma família, acumular bens, fazer um chamado "pé de meia" caso tempos difíceis apareçam, divertir-se, enfim, realizar seus sonhos e alcançar seus anseios e terminar a vida se regozijando do passado...

Belo padrão, mas e daí? Só de conhecê-lo já é garantido que vai dar tudo certo? É apenas encontrar uma varinha mágica, citar uns dizeres e RA, sua vida perfeita está ao seu alcance... Quem me dera... Ou talvez não...

Descobrir-se começa exatamente tirando essas conclusões... Não que seja ruim sonhar, buscar, querer, jamais diria isso, sou uma grande sonhadora também... Se trata de saber separar a realidade plausível do conto de fadas absurdo... É muito melhor viver assim...

Quantos textos eu já escrevi de uma profunda angústia na alma por ter sido decepcionada por quem eu amava... Por ter sido traída por amigos... Por ter tido um sonho esfacelado por alguém... Humor tão alternável que dava até raiva de poder prever os acontecimentos...

Continuo tendo lindos dias ensolarados onde passarinhos me trazem uma coroa de flores e me ajudam a voar o mais alto possível, intercalado com dias sombrios onde a vontade que dá é adentrar numa Floresta Negra e sumir pra nunca mais voltar; mas acabei aprendendo que é exatamente nesse meio termo, na hora da transição das fases, que eu vejo quem eu sou... Que eu posso ter orgulho de não mais sofrer crises de identidade, rs.

Algumas coisas mudam, e sempre mudarão... Responsabilidades, propostas, erros...

Mas, essa semana, ao reler "Querido John" percebi, mais uma vez, que eu sempre seria uma menininha quando quiser... Que romances bobos e fictícios ainda me encantam... Que mesmo em meio o "tornar-se adulto" existe uma brecha pra continuar sonhando como uma criança...

Muitos dias eu acordo querendo encontrar o telefone do Peter Pan e ir pra Ilha do Nunca... Sabe, aquele cansaço de acordar muito cedo todos os dias, trabalhar, estudar, mal conseguir dormir... Vontade de mergulhar nos livros que eu lia e viajava, vibrava, sonhava... Mas ao mesmo tempo, satisfeita por ter me tornado quem eu sou, e mais importante que isso, TER CERTEZA DE QUEM EU SOU...

Sempre que escrevo tenho certeza que os leitores se identificaram com meus questionamentos...
Somos irmãos né, humanos, teimosos, iguais mesmo parecendo muito diferentes...

Enfim, como sempre acontece, eu explodi aqui, rs, jogando minhas palavras, mas não em forma de desabafo... e sim como forma de aceite e felicidade

:)

Pra quem estava com saudade, cá estou eu ;)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

:)

Ás vezes a gente quer acreditar quando não deve, e não acredita nos momentos certos, essa vida tão complicada de tentar se adequar ao mundo real, quando o que você quer mesmo é imergir num conto de fadas e por um momento experimentar a felicidade sem condições...

Acho que essa é a maior dificuldade que o ser humano enfrenta...
Saber aceitar o grande abismo que muita das vezes existe entre o que se quer fazer e o que se deve, de fato, fazer...

Sejam padrões morais, por causa da família, posição social, não importa.
Muitas vezes somos inibidos de fazer o que realmente queremos por um fator qualquer que nos dá medo ou apreensão.

E no que isso influi em nossa vida?
Simplesmente no fato de que muitas vezes perdemos por medo de arriscar...
É claro que algumas situações não valem o risco, mas geralmente o medo de tentar nos impede de aprender tanto quanto a cegueira por querer que as coisas aconteçam do nosso jeito.

Viver é aprender que temos o controle de nossa vida até certo ponto, onde, como num rio, as coisas seguem o curso natural proveniente de nossas escolhas.

O problema é que é difícil saber onde é esse ponto, então ficamos tentando, tentando, apostando, quando, na verdade, já poderíamos estar relaxando esperando o curso natural.

Os poetas já diziam que "viver ultrapassa qualquer entendimento", então tolo é aquele que perde a vida inteira tentando entender...